Quando a Fotografia é Encontro

Quando a Fotografia é Encontro

Adoro quando sinto que as coisas da vida não são tão ao acaso. Lógico que a imprevisibilidade dos fatos é algo gostoso de se viver. O Determinismo assusta! Mas “ligar os pontos”, como disse Steve Jobs certa vez, e fazer os fatos da vida terem sentido sem um modo amplo, é muito bom!

Uma das fotos de famosos que fiz de que mais gostei foi o retrato do Cristian Pior. Não só pelo fato de ele gostar da foto, assim como eu também gosto, mas pelo fato de como ela ocorreu: o encontro; o “transmimento de pensação”.

Foi muito difícil de marcar foto com o Evandro. Por insistência de um de nossos editores da Pop Up MAGAZINE, conseguimos agendar fotos rápidas para o dia seguinte, domuingo, antes da peça. Cheguei ao teatro e já fui vendo as possibilidades de foto, para ficar interessante a composição e o casamento da imagem com a matéria. Mas a principal foto pra mim já havia sido planejada antes mesmo de pisar o teatro aquele dia. Como eu já conhecia o lugar, não me saía da cabeça – desde o dia anterior – a ideia de fazer fotos do Cristian Pior segurando as cortinas vermelhas daquele palco. Discuti a ideia dessas fotos com os presentes, que não a acharam de todo interessante. Problema!? Nenhum! Como acreditava muito na ideia, a mantive. Quando o Evandro Santo chegou, veio animado dizendo “eu não dormi direito, pensando o tempo todo nessas fotos que faremos hoje para a capa da revista de vocês… vai ficar ótimo! Eu pensei muito em algo como eu segurando as cortinas e fazendo poses e caretas…”

Não precisa nem falar, né? Tivemos a mesma ideia e insistimos nela. O resultado foi rápido e super divertido, passando bem o que a matéria iria dizer, o que representava ali o Cristian Pior, o que eu queria para representar aquele personagem, o que o Evandro Santo queria para representar aquele seu personagem. A ideia, a imagem, o contexto: tudo veio junto, no momento e local certos. E é esta arte do Encontro uma das coisas que mais me fascina na Fotografia!

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